Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado, precisou sair de sua zona de conforto máximo e foi nesta quarta (18) conversar com o presidente do STF, Luiz Fux, na tentativa de baixar a fervura da crise institucional provocada – surpresa – por Jair Bolsonaro.
(Que, em seu último ato, no sábado, 14, ameaçou pedir o impeachment dos ministros do STF Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso; para fazer isso, é necessário, segundo a Constituição, que o presidente do Senado coloque o tema em pauta.)
Em entrevista coletiva após o encontro com Fux, Pacheco não se furtou à conversa mole de sempre: “Externei o respeito que tenho pelo Supremo Tribunal Federal”; “diálogo é fundamental”; “concordamos que o radicalismo e o extremismo são muito ruins para o Brasil” etc.; e, indo um pouco mais ao é da coisa, tentou resgatar a famosa reunião cancelada por Fux com o Executivo.
“É muito importante que se restabeleça esse contato sobretudo entre o presidente do Supremo Tribunal Federal e o presidente da República, num diálogo em que se possa identificar quais são as dificuldades (…) e buscar consenso.”
Em resposta a uma jornalista, o senador disse que não há pré-requisitos para a convocação da reunião. Talvez não seja uma boa ideia Bolsonaro continuar xingando Barroso, mas parar com isso parece não ser condição sinequanon para o desejado encontro.
Em suma: Pacheco assumiu o papel protagonista que veio a cair lindamente em seu colo.
Gilberto Kassab, que a cada entrevista que dá cita o nome de Pacheco para a presidência em 2022, deve estar contente.
Veja aqui entrevista que Rodrigo Pacheco concedeu a PODER tão logo assumiu a presidência do Senado, em fevereiro.