Revista Poder

Cabul capitula sem resistência, e Malala clama por ação

Capital afegã, de 6 milhões de habitantes, é tomada por Taleban quase sem conflito; ativista e Nobel da Paz Malala Yousafzai, que foi vítima da milícia, pede cessar-fogo

Malala Yousafzai || Crédito: Reprodução/Russell Watkins/Department for International Development

A retomada do controle do Afeganistão pela milícia Taleban é um tragédia anunciada para o mundo e uma catástrofe para as mulheres afegãs, em particular.

O regime radical islâmico impõe severas restrições às mulheres, impedindo-as de frequentar escolas já no começo da adolescência e obrigando-as a servir como esposas – ou algo que o valha – aos guerrilheiros da milícia.

A ativista paquistanesa e ganhadora do prêmio Nobel da Paz, Malala Yousafzai, manifestou sua perplexidade no Twitter: “Assistimos em completo choque enquanto o Taleban toma o controle do Afeganistão. Estou tremendamente preocupada com as mulheres, as minorias e os ativistas de direitos humanos da região”.

“Poderes globais, locais e nacionais devem pedir imediato cessar-fogo, prover auxílio humanitário urgente e proteger refugiados e moradores.”

Malala tem como ninguém o chamado “lugar de fala”, pois sofreu um atentado e esteve à beira da morte por chamar atenção para a educação em região também controlada pelo Taleban, ainda que no Paquistão.

Nesta segunda (16), cenas terríveis de Kabul mostram a tentativa de decolagem de um avião norte-americano que foi ao Afeganistão resgatar funcionários desse país. Na pista, durante o taxeamento, uma multidão tenta se agarrar à nave.

Kabul, capital afegã com 6 milhões de habitantes, capitulou sem resistência à milícia neste domingo (15).

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