Todos os anos a UNESCO define uma nova lista de lugares que passam a ser considerados Patrimônios Mundiais. Para se qualificar, é mandatório que tenha grande significado cultural, histórico e/ou natural. Este ano foram incluídas nomeações de 2020 e 2021 (o comitê não se reuniu no ano passado por conta da COVID-19). São 34 novos locais, incluindo ilhas no Japão, afrescos na Itália e cidades antigas da Jordânia e China. O Brasil também está muito bem representado. Abaixo, selecionamos 10 dos novos integrantes da lista da UNESCO para deixar no radar para quando o planeta se livrar de vez do coronavírus.
Afrescos de Pádua, Itália
Não faltam obras de arte de importância história na Itália, mas a UNESCO decidiu homenagear especificamente os afrescos do século 14 de Pádua. Oito complexos de edifícios religiosos e seculares, com ciclos de afrescos pintados entre 1302 e 1397, representam como essa arte se desenvolveu como uma expressão criativa durante o século 14.
Sítio Roberto Burle Marx, Brasil
Localizado no Rio de Janeiro, é um jardim botânico que possui mais de 3.500 espécies de plantas. Desenvolvido ao longo de 40 anos pelo paisagista e artista plástico paulistano, é o primeiro jardim tropical moderno a ser inscrito na lista do Patrimônio Mundial.
Ivindo National Park, Gabão
Situado no norte do Gabão, o parque de 740.000 acres é o segundo Patrimônio Mundial da UNESCO do país africano (o outro é o parque Lope, inscrito em 2007.) O Ivindo National Parké conhecido por suas cachoeiras e corredeiras, florestas tropicais e rios, e uma enorme população de animais selvagens, de elefantes e leopardos, a gorilas.
Complexo Arqueoastronômico de Chankillo, Peru
Construído há mais de 2.300 anos no norte do Peru, é o primeiro observatório astronômico conhecido das Américas. O local inclui 13 torres feitas de pedra lapidada, com dois pontos de observação que eram usados para rastrear o movimento do sol ao longo do ano. A obra é tão precisa que, naquela época, conseguiam determinar a data com uma margem de erro de apenas 1 ou 2 dias.
Igreja de Atlântida, Uruguai
Localizada a poucos quilômetros de Montevidéu, a igreja projetada pelo engenheiro uruguaio Eladio Dieste em 1960, é considerada uma maravilha da arquitetura de tijolos, desde as paredes externas onduladas até a escada interna em espiral. A UNESCO observa que a igreja é um exemplo notável da arquitetura moderna na América Latina da segunda parte do século XX.
Nice, França
Apelidada pela UNESCO de “Estância de Inverno da Riviera”, o balneário era o local preferido de férias de aristocratas ingleses e russos no início do século 19. Agora que está listada como patrimônio mundial, deverá controlar e preservar o desenvolvimento urbano ao longo da Promenade des Anglais e do centro histórico.
Ilhas do Sul, Japão
Amami-Oshima Island, Tokunoshima Island, a parte norte da Ilha de Okinawa e Iriomote Island estão entre os mais novos locais considerados Patrimônio Mundial da UNESCO. As regiões incluídas na lista são desabitadas, o que significa que seu valor de biodiversidade está fora das cartas. Sua coleção de mamíferos, répteis e pássaros ameaçados – e plantas endêmicas – se beneficiará com essa camada adicional de proteção global.
As-Salt, Jordânia
Habitada desde a Idade do Ferro, As-Salt era um importante centro comercial na margem leste do rio Jordão. A cidade prosperou particularmente durante o final do período otomano, quando artesãos e fazendeiros de países vizinhos se mudaram para lá e transformaram o assentamento rural em cidade. O núcleo urbano inclui cerca de 650 edifícios históricos significativos e os agricultores ainda usam seu solo fértil para plantar uvas e azeitonas.
Templo Ramappa, Índia
Rudreshwara (mais conhecido como Templo Ramappa) fica na vila de Palampet. Construído no século 13, o templo apresenta pilares decorativos, tetos esculpidos e esculturas de dançarinos e músicos. Mas sua principal atração são os “tijolos flutuantes” que compõem a estrutura do telhado. Feitos de argila e madeira, esses tijolos têm densidade inferior à da água, o que reduz as chances de desabamento.
Quanzhou, China
Abrangendo 22 locais e monumentos históricos, Quanzhou foi um dos mais importantes portos chineses da Rota da Seda Marítima entre os séculos 10 e 14. Comerciantes e exploradores (incluindo Marco Polo) de todas as partes do mundo passaram por ele, e evidências da coexistência entre diferentes religiões e culturas podem ser vistas por toda a cidade, incluindo tumbas islâmicas, estátuas taoístas e templos budistas.