Revista Poder

Proximidade com PT na Bahia é amarra para PP fundir-se a PSL e DEM

Junção de partidos volta a ser discutida com ascensão ao Planalto do senador Ciro Nogueira (PP-PI); vice-governador baiano, João Leitão (PP) não quer aliança conservadora

Ciro Nogueira e João Leitão || Crédito: Agência Senado/GOV BA

A chegada do senador Ciro Nogueira (PP-PI) ao primeiro-escalão do governo fez voltar à mesa uma proposta de fusão entre PSL, DEM e PP — conversa que ferve nos três partidos desde a saída do presidente Jair Bolsonaro do PSL.

A saída do deputado federal Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara, do DEM, deixou o caminho livro, leve e solto para Netinho, ACM Neto, presidente da sigla e ex-prefeito de Salvador, seguir adiante com o plano.

Seria excessivo dizer que, caso se filiasse ao cada vez mais forte PP, presidido exatamente por Ciro Nogueira, Bolsonaro ganharia o tal “partido para chamar de seu” que o presida tanto busca. Porém, se a fusão vingar, com certeza ele teria espaço para falar seus impropérios e dinheiro para gastar na campanha eleitoral, além daquele clima caseiro que ele tanto gosta.

O certo é que o PP conseguiria engolir as outras siglas e, mais do que nunca, estaria próximo de realizar o sonho de se tornar tão grande quanto o antigo PFL – quem sabe a própria Arena, partido de sustentação do regime militar.

O grande problema da junção dos partidos está no PP da Bahia, que tem no vice-governador baiano João Leitão um grande aliado do governador Rui Costa (PT).

O vice progressista (olha que inusitado) não quer saber de conversa para o lado conservador.

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