O colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, dá como favas contadas a ida do senador Ciro Nogueira (PP-PI), cardeal do Centrão, para o lugar do ministro da Casa Civil, o general Luiz Eduardo Ramos.
Há cerca de três meses no cargo, Ramos não tem conseguido apascentar o parlamento, a despeito do caminhão de dinheiro jogado em emendas de relator, orçamento secreto, tratoraços e coisas do tipo – expediente que também deve estar em operação em 2022, dada a permanência desses instrumentos na peça orçamentária do ano que vem.
A última treta foi com o vice-líder da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), nenhuma relação com o general, que se agastou com os ataques de Bolsonaro ao fermentado fundo eleitoral embutido no Orçamento de 2022.
Ramos, deputado relativamente moderado, passou a se declarar de oposição ao governo, e chegou a mesmo a ventilar que poderia se mexer para desengavetar os processos de impeachment de Bolsonaro enquanto estivesse na chefia itinerante da Câmara.
Na manhã desta quarta (21), Jair Bolsonaro admitiu em entrevista a uma emissora de rádio que fará “mudança ministerial” na próxima segunda-feira (26).
As contas oficiais do Twitter de Ciro Nogueira, Jair Bolsonaro, do general Ramos e de expoentes do Esplanada como Fábio Faria (ministro das Comunicações) não entraram nessa conversa nesta quarta (21).