Ministro do STF responsável pelo inquérito das fake news, a investigação que foi aberta no âmbito do próprio STF, sem provocação do Ministério Público, como seria o caminho natural, o paulistano Alexandre de Moraes é o ministro que os bolsonaristas amam odiar.
Ainda mais agora, que ele acaba de reconfigurar o inquérito aberto em 2020 para apurar os atos antidemocráticos, cuja assinatura foi o ataque com fogos de artifício ao prédio do STF. Moraes arquivou esse processo e, diante do que chamou de “fortes indícios e significativas provas”, o magistrado deu novo fôlego na investigação da possível organização responsável por ataques na internet contra instituições do estado.
A tal possível organização criminosa passa pelo chamado “gabinete do ódio”, instalado no palácio do Planalto.
Tido como rigoroso, Moraes também foi o responsável, no STF, por julgar o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), que está detido agora por esquecer a tornozeleira em algum lugar de sua casa. Silveira foi preso anteriormente por atacar ministros do STF e fazer apologia ao AI-5 em vídeo publicado em suas redes sociais.
Nesta semana, a mãe do deputado, Matildes da Silva Silveira, apelou ao coração do ministro na tentativa de fazer com que ele permita ao filho responder em liberdade.
“Apesar de ter criado o Daniel com dificuldades, dediquei muito amor, carinho e educação, mas existem momentos em que todos agem pela emoção, um sentimento traidor que até a mim já traiu e nos faz cometer atos falhos, e por isso, peço perdão. A falta de urbanidade, o desrespeito e deselegância que ele se dirigiu aos ministros desta corte não condiz com os ensinamentos familiares que foram passados a ele.
Me sinto envergonhada, mas afirmo que não se repetirá, pois me encarregarei pessoalmente de cuidar deste assunto”, escreveu.