Ao apontar uma possível falsificação em documentos apresentados na CPI da Covid, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) conseguiu a atenção não apenas do eleitorado, mas também do partido -ainda hoje controlado pelos velhos caciques resistentes às mulheres.
Cheia de opiniões, a ex-presidente da CCJ do Senado vinha sendo tratada como um potencial talento, mas com chances a conta-gotas. O “boom” pelo nome dela nas redes e o crescimento no número de seguidores fez com que o partido despertasse para a possibilidade de Simone ser candidata ao governo do Mato Grosso do Sul.
Tradição ela tem, afinal, é filha de Ramez Tebet, que já governou o estado e chegou a ser presidente do Senado Federal entre 2001 e 2003.
É o mesmo caso de Mariana Carvalho (PSDB-RO), filha do ex-vice-governador de Rondônia e ex-deputado Aparício Carvalho, que é médico e dono de uma big faculdade no estado.
Também é herdeira política, tem carisma, nome e disposição para “fazer diferente”. Agora, por exemplo, está passando por uma imersão em seu estado, onde chega até a vacinar, como se fosse enfermeira, alguns eleitores que podem retribuir a gentileza no futuro.