Revista Poder

Omar Aziz

Presidente da CPI diz a PODER Online que médica Nise Yamaguchi “tem muito mais a explicar a ele” do que ele a ela; médica processa Aziz e seu companheiro de comissão Otto Alencar (PSD-BA)

Omar Aziz || Crédito: Beto Barata/Agência Senado

Presidente da CPI da Covid, o senador Omar Aziz (PSD-AM) disse nesta segunda-feira (21) que a médica Nise Yamaguchi, ouvida pelos congressistas sobre a atuação do governo perante a pandemia, “tem muito mais o que explicar” do que ele.

Ele e o companheiro de CPI Otto Alencar (PSD-BA) foram acusados pela médica de misoginia e humilhação na condução dos trabalhos do colegiado durante a oitiva dela.

Não só foram acusados, como acionados na Justiça do DF. A médica pede R$ 160 mil de indenização para cada um dos parlamentares.

“Estou tranquilo, sou presidente de uma comissão parlamentar de inquérito que precisa ser eficaz e fazer questionamentos duros. A doutora Nise tem muito mais o que explicar; por exemplo, as repetidas viagens que fez a Brasília pagando as passagens em dinheiro”, disse a PODER Online.

A defesa de Nise sustenta nos autos do processo que os senadores agiram intencionalmente e com deliberada crueldade para destruir a imagem da médica. Um exemplo citado foi o pedido de Otto Alencar para que ela explicasse a diferença entre vírus e protozoário, o que, segundo Nise, se aprende “no quarto ano do ensino fundamental”.

Aziz acabou envolvido na confusão por não ter impedido que Otto Alencar alfinetasse a médica naquela sessão.

O mandato de Aziz como senador termina no próximo ano e, segundo ele, a primeira ideia é tentar a reeleição. O parlamentar disse a PODER acreditar que “esse episódio não vai atrapalhar”.

Há outros, contudo. Descuidado, certa vez deixou o áudio ligado e disse que o senador Marcos do Val (Podemos-ES) “falava merda”; em outra ocasião, xingou a mãe de Marcos Rogério (DEM-RO), após discussão em que o demista disse que o presidente precisava conter sua “sanha contra o governo federal”. “Sanha é a sua mãe.”

Ainda assim, Aziz está maior do que no início dos trabalhos no colegiado e vem sendo elogiado pela condução altaneira da CPI.

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