O tempo de escamotear sua intenção de concorrer ao Planalto em 2022 acabou. O governador paulista João Doria deu nos últimos dias declarações em que afirma explicitamente essa vontade e abre caminho para seu vice, Rodrigo Garcia, recém-filiado ao PSDB, disputar o Bandeirantes.
A última delas foi nesta segunda (21), em entrevista à rádio Jovem Pan, em que disse que “o PSDB terá sua candidatura própria”. Na disputa pelo Bandeirantes, foi ainda mais enfático: “O candidato aqui chama-se Rodrigo Garcia, que é nosso vice-governador”.
Até a primeira quinzena de junho, Doria evitava cravar publicamente que estava na pista. Em reportagem para a revista PODER, perguntado pelo repórter Paulo Vieira, disse que era “candidato a continuar sendo gestor aqui do governo do estado de São Paulo”.
As declarações têm sido acompanhadas de antecipações do calendário de vacinação contra a Covid-19 em São Paulo. Nas últimas semanas, como a que “bombar” sua candidatura, Doria fez questão de promover entrevistas coletivas anunciando novos calendários para a população adulta do estado.
Uma dessas coletivas aconteceu no domingo (13).
Recentemente, o PSDB definiu o modelo das prévias que usará para definir o candidato presidencial, e ele não agradou o governador, que queria a mesma paridade de voto para todos os filiados, contando com o peso de São Paulo nessa eleição interna. O sistema vencedor atribui pesos diferentes aos votos de filiados, dirigentes partidários e membros em postos em executivos pelo Brasil.
João Doria conversou com a publisher de PODER, Joyce Pascowitch, na última terça (15). Perguntado qual deve ser seu principal legado para os paulistas, indicou a vacinação, a desejada despoluição do rio Pinheiros e a reabertura do museu da Independência (do Ipiranga).
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