O deputado Marcelo Freixo (RJ) comunicou que deixa nesta sexta-feira (11) o Psol, partido em que construiu sua vida política durante os últimos 16 anos, após deixar o PT, onde ficou metade desse tempo.
Sua nova casa será o PSB, partido que o acolheu com a promessa de uma candidatura ao governo fluminense em 2022. A ideia era essa, alçar voos mais altos, fazer alianças mais amplas, como disse na edição desta semana da revista Veja.
O movimento se inscreve no apoio que ele vê como fundamental à candidatura Lula, em 2022, algo que o Psol talvez não concorde, a julgar por manifestações de alguns de seus líderes.
O PSB, contudo, deverá mergulhar gostosamente na onda do ex-presidente.
Freixo pretende “enfrentar o grupo político que faliu o Rio e entranhou a corrupção no estado”, portanto, terá muito trabalho, já que, nos últimos quatro anos, seis governadores e ex-governadores do estado foram presos ou afastados do mandato.
Ao anunciar a saída, o experiente político mantém o discurso de gratidão, emendando que “a questão é que agora enfrentamos uma situação sem precedentes com relação à violência e à economia. A disputa no Rio, especialmente, não é da direita contra a esquerda, mas da civilização contra a barbárie”.
Ele observou que, embora fizesse parte do Psol com orgulho, teria mais dificuldades para fazer uma frente tão abrangente quanto precisa nesta momento, em que se coloca como opção ao governo.
Pelo Twitter, o deputado afirmou que “o que está em jogo é mais do que a disputa eleitoral: é a sobrevivência das pessoas e a possibilidade de construir o futuro, porque hoje não há”.
Chico Alencar, vereador pelo Rio de Janeiro e ex-deputado federal, aproveitou o dia para dizer que “escreverei uma carta de confirmação de filiação no Psol” (no qual ingressou em 2005 com Freixo e, segundo ele “muitos outr@s valorosos lutad@res): um partido em construção, com vocação de grandeza, imprescindível à democracia. Que, no último semestre, recebeu 56 mil novas filiações.”
O deputado Guiga Peixoto (PSL-SP) disse, à maneira de seus pares da facção bolsonarista do PSL que “a esquerdalhada sabe que ninguém quer comunista no comando” e que, por isso, eles “se camuflam em partidos menos queimados ideologicamente”.
Na conta do deputado federal Ivan Valente (Psol-SP), figura importante do Psol, silêncio.