O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tem encontro presencial com todos os líderes, nesta semana, para definir o projeto de reforma eleitoral que tem mais chances de prosperar entre os coleguinhas.
Existem dois modelos em discussão: o Distritão, pelo qual são eleitos apenas os mais votados, o que liquida o sistema proporcional, situação em que uma expressiva votação de um deputado federal, por exemplo, ajuda a eleger colegas da coligação com menos votos;
o outro modelo é uma espécie de federação de partidos, que garante força às agremiações partidárias, fortalecendo o sistema proporcional.
Os deputados provavelmente vão votar no sistema menos problemático para quem hoje exerce mandato. Neste caso, a federação de partidos.
Mesmo com as cartas mais ou menos marcadas, a reunião vai acontecer para que lideranças se sintam prestigiadas pelo presidente Lira, que fez sua campanha defendendo “diálogo” entre seus pares, numa contraposição ao antecessor, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Ingenuidade à parte, o motivo real do encontro é sentir o termômetro das outras reformas propostas pelo governo no Congresso, como a administrativa e a tributária. É praticamente consenso que a reforma administrativa subiu no telhado, pois às vésperas de eleição ninguém quer retirar direitos dos servidores.