Revista Poder

Contra relatório do G7, governistas querem conclusões paralelas

Relatório oficial da CPI da Covid deve constranger Planalto, que talvez ganhe de senadores aliados documento alternativo de despiste

Marcos Rogério e Eduardo Girão || Crédito: Agência Senado

Senadores do chamado G7, que tem tomado a maior parte das decisões da CPI da Covid-19, consideram que a base do relatório de Renan Calheiros (MDB-AL) sobre as responsabilidades pela situação da pandemia no país está pronta.

O governo federal poderia ter 64 milhões de doses de vacinas a mais, já no final de 2020 ou em janeiro deste ano, mas optou por não comprar, perdendo seu lugar na fila.

A expectativa é de que fique demonstrado que a Pfizer queria fazer do Brasil um exemplo de vacinação na América Latina, ideia que foi rejeitada pelo presidente Jair Bolsonaro.

Outra conclusão que deve aparecer no relatório é a de que o governo montou um gabinete paralelo para nutrir o PR com indicações que não vinha do ministério da Saúde.

Mesmo com tantos indícios de que o relatório será insatisfatório para os bolsonaristas, é necessário lembrar que a fase 2 da CPI começa no fim de junho com a possível apuração do que foi feito com os recursos enviados aos estados e municípios.

Aí, o Planalto tentará montar um relatório paralelo, com supostos malfeitos não relacionados à União.

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