Revista Poder

Tamanho das manifestações contra Bolsonaro divide parlamentares

Governistas tentam desprezar estatura dos atos, enquanto esquerda vê necessidade de “expressar descontentamento”; letalidade de Bolsonaro maior que a do vírus embasa presença

Crédito: Allan White/FotosPublicas

As manifestações contra o governo deste sábado (29), em mais de 200 cidades brasileiras, mostraram que o monopólio das ruas não é só de quem não está nem aí para distanciamento social e uso de máscaras.

A esquerda e os antibolsonaristas, de modo geral, superaram sua paúra das aglomerações para pedir pelo impeachment.

O governo sentiu, como diz o meme já famoso, e nesta segunda-feira (31), Bolsonaro falou à sua claque que havia pouca gente porque provavelmente havia “faltado erva” (maconha).

A deputada oposicionista Jandira Feghali (PCdoB-RJ) afirmou que “as pessoas se colocaram em risco pela necessidade de expressar o descontentamento com esse governo”, lembrando que as mais de 460 mil mortes já registradas “não podem passar em branco”.

O líder do PSL na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (GO), saiu em defesa do presidente e do governo federal, dizendo que “a imprensa não deu todo esse destaque aos movimentos em favor do presidente”, em que, segundo o parlamentar, “tinha muito mais gente do que agora”.

Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), não se pronunciaram formalmente sobre o tema.

O argumento de quem se aglomerou pelo Brasil é que “Bolsonaro é mais perigoso do que o vírus”.

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