Revista Poder

PL do congelamento dos remédios enfrenta rejeição governista na Câmara

Com medo de se indispor com farmacêuticas, base de Bolsonaro na Câmara Federal empurra com a barriga projeto já aprovado no Senado

Crédito: Pillar Pedreira/Agência Senado

Passada uma semana da aprovação do chamado PL dos Medicamentos no Senado, os principais líderes partidários na Câmara dos Deputados mal tomaram conhecimento da proposta. Os poucos deputados que conhecem a matéria deixam claro que ainda não há discussão na Casa sobre o tema.

Neste projeto, cabe à Câmara revisar a proposta já votada no Senado.

O PL 939/21 congela o reajuste anual dos preços dos medicamentos por conta da pandemia. Durante a votação no Senado, o relator Eduardo Braga (MDB-AM) rejeitou emendas que pediam a extensão da medida para os planos de saúde.

Pressionados pelas farmacêuticas em momento pra lá de delicado, pois são elas que vendem a vacina contra a Covid-19, a base do presidente Bolsonaro não demonstra interesse na aprovação do tema – incluído aí o presidente Arthur Lira (PP-AL).

A oposição, por outro lado, fecha com o consumidor, especialmente aquele de parcos recursos, cuja escolha de Sofia seria entre “comer ou tomar remédios” como foi dito nesta quinta-feira (20) em reunião do PT.

Uma possibilidade de acordo seria aprovar a matéria, dando para as farmacêuticas em troca o andamento do PL 7082/17, que autoriza a pesquisa clínica em humanos no Brasil.

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