Mesmo muito distante do “estúdio” onde se desenrola o programa de maior audiência do país neste mês, a CPI da Covid, o pastor Silas Malafaia roubou a cena – ainda que por poucos segundos.
O pastor foi citado nesta quinta-feira (20) na abertura dos trabalhos da CPI, pelo filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), agora um habitué do Senado Federal, onde nunca foi muito de cumprir expediente.
Respondendo a uma suposta obsessão de parlamentares oposicionistas com a figura de seu irmão Carlos Bolsonaro, 01 disse: “Vocês querem ouvir uma pessoa que dá conselho ao presidente da República? Vou dar o nome: chama o pastor Silas Malafaia aqui. Esse fala quase que diariamente com o presidente e o influencia”, disse.
De fato, Malafaia liga com frequência para o presidente Jair Bolsonaro e não se furta a sugerir ao chefe do Executivo que faça eventos que podem beneficiá-lo – e à sua grei.
Uma marcha em favor dos evangélicos, convocada com apoio do Planalto, foi urdida, por exemplo, há cerca de três meses, e no final o pastor ficou impedido de comparecer por testar positivo para a Covid-19.
Malafaia também é parça da primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Foi a convite dela, por exemplo, que Malafaia fez uma oração no palácio da Alvorada quando o presidente mudou-se com a família. Fez o mesmo na sala de Bolsonaro no Planalto, no terceiro andar.
Malafaia gosta de exibir suas amizades poderosas a todo seu círculo de seguidores. Curtiu, obviamente, a menção desta quinta. No Twitter, publicou: “SERÁ QUE VOU SER CONVOCADO? Vou falar tudo que conversei com o presidente: cloroquina, Pfizer, Coronavac, lockdown, bilhões enviados a governos.”