Alvo de uma operação da Polícia Federal junto com diversos outros assessores diretos nesta quarta-feira (19), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi ao palácio do Planalto conversar com Jair Bolsonaro.
Eles são amiguinhos. Salles foi lá como quem vai contar aos pais a última enrascada em que se meteu. Tipo oferecer uma satisfação e mendigar solidariedade.
O evento não era de todo ruim para o governo, a despeito da pancada duríssima no titular de sua política ambiental. Primeiro, poderia ser uma maneira de tirar o foco o depoimento do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello na CPI da Covid; segundo, o presidente pode finalmente dizer que não tem ingerência na PF.
Quanto ao primeiro argumento, ele foi devidamente destruído assim que a sessão começou, pouco antes das 10h da manhã.
Logo pela manhã, Bolsonaro e Salles conversaram ao telefone quando a casa caiu para ele e para o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Eduardo Bim.
Segundo a Folha de S.Paulo, Salles esteve no prédio da Superintendência da Polícia Federal em Brasília acompanhado de um assessor armado logo cedo, às 8h. Foi-lhe dito, então, que o caso estava sob sigilo e é de responsabilidade do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.