A senadora Rose de Freitas (MDB-ES) deverá ser confirmada como presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO) nos próximos dias. Ela ocupou o cargo em 2016 e, segundo apurou PODER Online, é um dos motivos para que ela seja reconduzida ao cargo para resolver as pendências orçamentárias deste incomum 2021.
Nos bastidores, ela foi aconselhada pela ala bolsonarista a não fazer “trapalhadas” como as de sua antecessora, a inexperiente deputada Flávia Arruda (PL-DF), que após uma costura mal feita num orçamento problemático, foi premiada com um cargo de ministra.
Ganhar um ministério, o que seria uma promoção em qualquer realidade cognoscível, não o é no Mundo Bizarro.
Mesmo assim, Flávia estaria por um fio, segundo assessores palacianos contam nas internas. Seu desempenho tem sido avaliado como insatisfatório, pois ela está perdida nas atribuições do cargo, e, pior, não comprou a ideia de defender o governo a qualquer custo — como esperava-se que fizesse quando estourou a bomba do orçamento secreto.
Para evitar comparações e demonstrar sua fidelidade, apagando um fogo que sequer era seu, Rose de Freitas deve acabar com as emendas de relator (as tais verbas do orçamento secreto, ou pelo menos oculto, reveladas por longa investigação do jornal O Estado de S.Paulo).
Experiente e avessa a atropelos, a senadora disse a PODER Online que “os nomes ainda estão sendo definidos” mas deu a entender que, caso assuma a CMO, “tem estofo e experiência” para fazer um bom trabalho.
Rose tem longa rodagem na Câmara Federal, onde está desde os anos 1980, e cumpre seu primeiro mandato como senadora. Elegeu-se para a Câmara Alta pelo Podemos, mas recentemente voltou para seu ninho emedebista.