Revista Poder

Com evocação mística, Bia Kicis celebra instalação de comissão do voto impresso

Deputada responsável pelo projeto de lei caro a Bolsonaro cita Nossa Senhora de Fátima e Abolição em discurso pela "libertação" dos eleitores

Bia Kicis e Nossa Senhora de Fátima || Créditos: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados/WikiCommons

Em um grande momento “hoje somos Bolsonaro” do presidente da Câmara, Arthur Lira, foi instalada nesta quinta (13) a Comissão Especial do Voto Impresso Auditável. Numa cerimônia sem emoção, eclipsada pela temperatura da CPI da Covid do Senado, o café que o deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES), presidente da sessão, ofereceu aos presentes, foi o grande destaque.

Evair foi degustador de café antes de entrar na política e, sempre que pode, serve aos convivas variedades de café produzidas no Espírito Santo, seu estado.

O de ontem tinha notas doces, para combinar com o clima paz, amor e prova de fraudes de urnas eletrônicas que nunca aparecem.

A partir da semana que vem começam as reuniões, às segundas, para discutir a ideia do voto impresso, pauta da deputada Bia Kicis (PSL-DF), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.

Em versão 2.0, com perfil mais moderado, Kicis se emocionou ao ver seu projeto tomando forma. “É muito simbólico que a instalação desta comissão aconteça no dia 13 de maio, dia de Nossa Senhora de Fátima, a quem a gente pede que nos abençoe, e dia da Abolição dos Escravos”, disse.

“Espero que essa lei possa libertar os eleitores brasileiros da dúvida, da desconfiança e da angústia de um sistema que, por mais moderno que seja, não é perfeito. Nosso trabalho aqui é para aperfeiçoar este sistema.”

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