Revista Poder

Reforma administrativa enfrenta novo impasse na CCJ

Projeto cuja admissibilidade seria votada hoje na comissão da Câmara é adiada pela enésima vez diante das dificuldades de satisfazer demandas de bases bolsonaristas

Crédito: Herivelto Batista/ASCOM-MCTIC

Para surpresa de ninguém, a votação da admissibilidade da reforma administrativa na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) foi adiada mais uma vez. Pautado para esta quinta-feira (13), o texto foi empurrado para a semana que vem.

Oficialmente, a justificativa é que problemas técnicos impossibilitaram a sessão de acontecer.

Nos bastidores, a oposição celebra vitória, ao ter formado quórum contrário ao projeto e com isso dificultado sua aprovação, o que motiva o adiamento.

PT, PCdoB, PSB, PSD e Psol tinham medo de que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), forçasse a mão para acelerar a tramitação, atropelando a etapa da formação de comissão especial.

Lira já mostrou sobejamente que, quando quer, faz acontecer coisas na Câmara a toque de caixa.

O que parece não ter sido compreendido até agora pela oposição é que, com servidores públicos – policiais, por exemplo – na base bolsonarista, aprovar uma reforma administrativa que os puna é jogar contra o próprio patrimônio

E, aí, quem tem mais a perder?

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