Em uma tentativa equivocada de minimizar a propagação da Covid-19 em uma prova de concurso prevista para o próximo domingo (9), a central de concursos, conhecida nas internas por Cespe, feita pela Universidade de Brasília (UnB), criou o que tem sido chamado de sala dos quentinhos.
Trata-se de um ambiente fechado em que pessoas com mais de 37,5 graus de temperatura corporal (o chamado “estado febril”, considerado um possível sintoma de Covid) ficariam separadas dos demais inscritos para fazer o teste.
A prova de domingo é aguardada há anos e tem como intuito preencher o quadro de servidores da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que, pelas mãos de Jair Bolsonaro, ganhou autorização para chamar até mil servidores até 2023.
Uma liminar suspendeu a prova nesta segunda-feira (3), mas a expectativa é de que nova decisão judicial a casse e a prova aconteça.
O problema da “sala dos quentinhos” é que ela junta quem pode ter Covid-19 e quem pode vir a ser contaminada, pois não é exigido teste para a doença.
“Essa ‘sala dos quentinhos’ é um absurdo. Imagine quem perdeu um pai, a esposa, se sujeitando a isso num momento delicado que é uma prova de concurso público?”, disse a PODER Online uma das inscritas na prova.