Revista Poder

Hospitalizado no Sírio-Libanês, Covas pede licença de 30 dias à Câmara; com piora, é intubado

Prefeito recebeu vibrações positivas de João Doria e do presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite; “Radical de centro” em 2019, ele foi o centro do Almoço de Poder, da PODER

Bruno Covas || Crédito: Patrícia Cruz/PSDB

Em tratamento de um câncer agressivo, Bruno Covas apresentou piora de seu quadro clínico e foi internado neste domingo (2) no hospital Sírio-Libanês. Ele solicitou 30 dias de licença médica à Câmara Municipal e, em suas redes sociais, reproduziu a carta, com papel timbrado da prefeitura e tudo, com que foi comunicado seu afastamento.

“Nesse momento, com muita força e foco que preciso colocar na minha saúde, fica incompatível o exercício responsável de minhas funções como prefeito de São Paulo, por isso, vou solicitar à Câmara de Vereadores uma licença do cargo pelo período de 30 dias, para me dedicar integralmente à minha recuperação.”

O presidente da Câmara Municipal paulistana, vereador Milton Leite (DEM), confirmou o recebimento do documento, e o ofício não precisa ser apreciado pelo plenário. Em seu Instagram, Leite escreveu: “Bruno Covas, receba o apoio e o abraço da Família Leite. O que importa nessa vida é a certeza de que podemos contar uns com os outros. Sua coragem nos inspira para sempre fazermos o melhor trabalho para SP.”

João Doria também se manifestou: “Força guerreiro! Estamos em oração pela sua recuperação. Tenho certeza que em breve estará novamente fazendo o que ama: cuidar dos paulistanos.”

Em 2019, ainda muito longe das eleições de 2020, Bruno Covas foi recebido pelos editores de PODER Dado Abreu, Paulo Vieira e Fábio Dutra para um “Almoço de Poder”, cuja íntegra você pode ler aqui.

Covas a horas tantas despejou a expressão “radical de centro”, que quis fazer pespegar a si mesmo.  “O PSDB teve problemas por não conseguir comunicar suas ideias racionais de centro, ideias que entendem os problemas sociais do país, mas também a necessidade das reformas”, disse, conferindo identidade ideológica entre filiado e partido político.

Na ocasião, o prefeito foi confrontado com a ideia de legado, uma vez que seu mandato não previa uma marca clara e distinta. Falou-se ali sobre o Elevado João Goulart, o famoso Minhocão, a chaga viária de Paulo Maluf que surgiu entre os bairros de Barra Funda e Santa Cecília e que passou a ser cogitado como um “High Line” paulistano caso os carros futuramente deixem de circular por ali, como está previsto na Lei Orgânica do município.

Coincidentemente, a última postagem de Covas em seu Instagram antes da reprodução do pedido de licença, neste domingo, foi para mostrar a instalação de bancos e tablados no Elevado aos fins de semana, quando o Minhocão é interditado aos carros.

 

 

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