Tão ou mais difícil quanto encontrar um partido que o acolha, é Jair Bolsonaro achar um vice para compor a chapa presidencial de 2022.
Hamilton Mourão já disse que é carta fora do baralho, e, por mais que haja parlamentares dispostos a defender o governo de suas constantes trapalhadas, encontrar um “2” que não crie conflitos com a personalidade persecutória do presidente é lenha.
Ultimamente, o nome do ministro das Comunicações, Fábio Faria, que passou praticamente a despachar no Planalto, ganhou octanagem.
Prova da ansiedade de Faria por 2022 é que ele chegou a atropelar o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ao anunciar a chegada do primeiro lote de vacinas da Pfizer ao Brasil, nesta quinta-feira (29), proveniente da Alemanha.
“Em breve, o país será um dos sete produtores de vacinas contra a Covid-19”, disse em público e nas redes sociais, além de encaminhar um manuscrito a alguns jornalistas com a mesma frase.
Queiroga fez seu incômodo em ter levado pança chegar ao gabinete presidencial. Bolsonaro, com seu jeitão, deu de ombros e disse que não consegue controlar “essas coisas”.
Instado pelo repórter Paulo Vieira em entrevista para a revista PODER, em 2020, Faria considerou uma candidatura ao Senado, e disse que dificilmente tentaria a Câmara Federal novamente. Deputado federal licenciado pelo Rio Grande do Norte, ele, contudo, disse que vai se colocar à disposição de Bolsonaro para atuar como puxador de votos da maneira que for mais conveniente à chapa majoritária.