A CPI da Covid ainda nem foi instalada, mas ganhou apelido no Senado: é o clube do Bolinha, com composição 100% masculina.
Mulheres são poucas no Senado. Dos 81 senadores, apenas 12 são do sexo feminino, 15% do total, mas trata-se de uma comissão de enorme visibilidade e que já é vista como ferramenta de campanha, ou pré-campanha, para 2022.
Os partidos com maior representação na casa, o PSD e o MDB, devem ficar com as principais posições da comissão. Especula-se que Omar Aziz (PSD-AM), de perfil independente, fique com a presidência, e Renan Calheiros (MDB-AL), com a relatoria.
Além deles, integram a CPI Eduardo Braga (MDB), os governistas Ciro Nogueira (PP-PI), Eduardo Girão (Pode-CE), Jorginho Mello (PL-SC) e Marcos Rogério (DEM-RO) e os oposicionistas Tasso Jereissati (PSDB-CE), Humberto Costa (PT-PE) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Otto Alencar (PSD-BA), de perfil mais independente, mas que pode fechar com a oposição, completa o time de titulares.
Causou mal-estar entre as legendas as escolhas unicamente masculinas, principalmente no MDB, que tem duas vagas na CPI e conta com Simonte Tebet (MS) em seu quadro.
E, entre os bolsonaristas, iniciou-se um processo para queimar Marcos Rogério, que, vice-líder do governo, é leal a Bolsonaro mas promete amor eterno ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
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