Revista Poder

No Dia D, Hora H, enfermeiro não aplica a vacina – só pica o braço

Fato ocorreu no clube Paulistano, em São Paulo, mas familiares exigiram a consumação do ato; em Goiás, secretários municipais reportam entregas de frascos de CoronaVac com perdas

Crédito: NPD

A lenta vacinação contra a Covid-19 desenvolveu em alguns brasileiros novos hábitos. Como dar a toda hora “F5”, ou seja, atualizar o carregamento de sites dos entes federativos que mantêm contagens de vacinados.

O estado de São Paulo, neste exato momento, 15h de terça-feira (13), por exemplo, conta 8.086.723 de paulistas que receberam as duas doses dos imunizantes CoronaVac ou AstraZeneca.

Esse é uma das manifestações da ansiedade pela vacina, cuja campanha nacional, infelizmente, deve seguir vagarosa ao longo de 2021. Se a sofreguidão por esse “Dia D, Hora H”, nas palavras de um ex-ministro da Saúde que não deixou saudade, é imensa, que dizer da decepção de ter o braço apenas furado pelo enfermeiro, sem a aplicação real do imunizante.

Esse fato ocorreu nesta segunda-feira (12), em São Paulo, no tradicional clube Paulistano. Por sorte, os acompanhantes de uma senhora de 67 anos notaram a ação (ou a falta dela)  do enfermeiro, e convocaram ato contínuo o policiamento.

Examinando com os militares a caixa de descarte, técnicos viram que outras seringas haviam sido eliminadas ainda com o imunizante. Depois disso, foi feita a vacinação correta.

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Em Goiás, secretários de saúde de diversos municípios reportaram que as ampolas da CoronaVac têm chegado com menos doses do que as dez divulgadas. Na capital, Goiânia, seriam pouco mais de 4 0oo doses não aplicadas por conta dessa diferença em cada frasco.

O Instituto Butantan justificou a perda especulando que ela se dá em razão da utilização de seringas e agulhas impróprias.

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