A demolidora de ministros, como é chamada a senadora Kátia Abreu (PP-TO), atacou novamente: disse nesta terça-feira (6), durante solenidade no palácio do Planalto, que o ex-ministro Ernesto Araújo, do MRE, deveria se chamar “ex-Ernesto” porque, segundo ela, o antigo chanceler perdeu até o nome após ser enxotado do governo na semana passada.
De fato, Ernesto poderia até ter ganhado o troféu de mais inconformado na posse dos novos integrantes da Esplanada dos Ministérios. Perdeu até a chance de discursar na solenidade, pois foi impedido pelo cerimonial do palácio do Planalto.
Bom, ex-Ernesto é o único dos ex-ministros que ficou sem um lugarzinho na sombra do governo federal. E a relação turbulenta com Kátia Abreu e outros senadores vai dificultar ainda mais a vida dele. Afinal, havia uma possibilidade, remota, é verdade, de que ele pudesse assumir uma embaixada brasileira.
O problema é que as indicações, neste caso, precisam ser confirmadas pelo Senado Federal. O mesmo que ajudou a derrubar a indicação de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) como embaixador do Brasil nos Estados Unidos, em 2019.
Ernesto, muito mais que Eduardo, criou um mal-estar com os parlamentares da casa alta, angariando um punhado de inimigos durante sua gestão nas Relações Exteriores.