O presidente Jair Bolsonaro não pretende bater de frente com seu quarto ministro da Saúde, o médico Marcelo Queiroga, que sustenta não haver eficácia no tratamento precoce contra a Covid-19 – estratégia defendida pelo governo.
Para evitar novas confusões, com a popularidade em baixa, o capitão deu ouvidos aos assessores que disseram “não ser o momento” de brigar com o ministro da Saúde. Parças do Centrão já haviam dado a letra antes mesmo do discurso do “sinal amarelo” e do “remédio amargo” proferido pelo presidente da Câmara, Arthur Lira.
Ficou claro que um quinto ministro da Saúde não seria exatamente tolerado.
A incontinência verbal de Bolsonaro não o impede, contudo, de continuar defendendo o tratamento precoce, mesmo após eventos em que Queiroga reafirma sua fé na “pátria de máscaras”, no distanciamento social e nas vacinas – e nada mais.
Queiroga é chamado de “Mandetta versão 2.0”, referência a Luiz Henrique Mandetta, o primeiro ministro da Saúde do governo Bolsonaro, que caiu por preferir a ciência à cloroquina.