Em live com os ex-presidentes José Sarney e Michel Temer, o presidente nacional do MDB, deputado Baleia Rossi (SP) e a senadora Simone Tebet (MS), nesta quarta-feira (24), a sigla lançou manifesto com críticas às ações do governo Bolsonaro no combate à pandemia, ao mesmo tempo que indica querer cobrar medidas do Executivo para vencer as crises sanitária e econômica.
Referindo-se ao partido por seu nome antigo, PMDB, Sarney disse que a legenda sempre se preocupou com as questões sociais, “muito diferentemente do que se vê agora”. O ex-presidente, responsável pelo controle de preços no fim da década de 1980, com a criação das famosas “fiscais do Sarney”, cobrou medidas mais contundentes para a recuperação da economia brasileira, afirmando que “não se fez o suficiente nem pela economia nem pela saúde”.
José Sarney relembrou o controle do governo federal sobre as Forças Armadas e disse que Bolsonaro precisa seguir adiante com o fortalecimento das instituições “para que elas continuem defendendo o país”.
Michel Temer, que vem evitando criticar Jair Bolsonaro, lembrou da necessidade de “força e serenidade” em momentos de crise. “Ao longo dos tempos, nós nos acomodamos. Talvez tenhamos nos acovardado um pouco para falar sobre tudo o que o MDB fez na história do Brasil. Precisamos recuperar esse histórico, principalmente a título de comparação com o que está aí”.
A participação de Simone Tebet e Baleia Rossi foi secundária, especialmente pela longa duração da fala de Sarney. “É uma honra para o nosso partido ter feito a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), o que hoje salva o Brasil. Quando alguns propuseram a privatização do SUS, nós não permitimos. Foi uma grande conquista da nossa população brasileira trazida pelas mãos do MDB”, disse Baleia.
A cerimônia fez parte da comemoração de 55 anos do MDB no Brasil. O formato de live transmitida pelo Youtube foi escolhido por causa das recomendações de distanciamento social.
Também nesta quarta, o comando da pré-campanha de Ciro Gomes (PDT) listou ações que, na opinião do ex-governador do Ceará, ficaram de fora no combate à pandemia da Covid-19.