A economia digital mudou alguns paradigmas de gestão, e não só daquelas empresas com “mentalidade de startup”, para usar o jargão em voga. Erro, por exemplo, é algo não só admitido como perseguido, desde que a correção se faça sem demora.
Sem o erro, esta é a ideia, não há acerto.
Transfira o conceito para a política, e quando muito você terá líderes que usam demagogicamente a proposta. Quando muito, tentam extrair vantagens de uma suposta “humanidade”.
João Doria, embora tenha maneirado na prática nas últimas semanas, falou algumas vezes neste 2021 em “não ter compromisso com o erro”.
A chanceler alemã, Angela Merkel, parece ser mais convincente quando admite o problema. Nesta quarta (24), ela reverteu o lockdown que havia anunciado 24 horas antes, dizendo que a decretação de nova edição dessa medida restritiva era um “erro”.
“A ideia do lockdown de Páscoa tinha a melhor das intenções”, disse, “mas o plano foi feito apressadamente e não é possível implementá-lo em prazo tão curto”.
“O erro é meu, e só meu.”