Revista Poder

Movimentação de Kátia Abreu por vacinas incomoda Ernesto Araújo

Presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado não pede aval do MRE para falar com ONU e OMS, tomando à frente do apático MRE na negociação por mais vacinas

Katia Abreu e Ernesto Araújo || Crédito: Gustavo Magalhães/MRE

Criou mal-estar com o governo o empenho da senadora Kátia Abreu (PP-TO), que, agora presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, prometeu fortalecer as relações com outros países na tentativa de acelerar um plano de vacinação no Brasil.

Kátia quer duas coisas: 1) acionar a ONU (Organização das Nações Unidas) e a OMS (Organização Mundial de Saúde) para tentar garantir a entrega das doses de imunizantes no menor tempo possível;

2) Falar com países mais pobres e menores que se organizaram antes para a compra de vacinas e negociar doações para eles em troca de um lugar melhor na fila de insumos.

Embora seja aliada do governo, a parlamentar foi criticada nas internas pelo chanceler Ernesto Araújo. Assessores disseram a PODER Online que a parlamentar estaria “se atrapalhando” nas tratativas ao deixar de conversar primeiro com o ministério das Relações Exteriores (MRE).

Na equipe de Kátia, consciência limpa: o gabinete diz que falou, sim, com o ministério. Mas Ernesto não queria um comunicado. Queria um pedido de permissão. Quem conhece Kátia Abreu sabe que isso não vai rolar.

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