O governo federal acelerou a entrega da medida provisória do auxílio emergencial após cobranças do Congresso diante da apatia governamental no combate à pandemia.
Em relação ao auxílio de 2020, esta é a versão light, ou, para ser mais popular, x-miséria, da medida.
Em vez dos R$ 600 do ano passado, a maior parte dos beneficiários ficará com R$ 150 por mês.
A expectativa era de que o documento fosse entregue pessoalmente pelo presidente Jair Bolsonaro na próxima semana, mas o trâmite foi antecipado e o “PR” deve protagonizar a cerimônia no Congresso nesta quinta (18), no fim da tarde.
Na discussão legislativa, a oposição tentará batalhar, com chance pequena de sucesso, para que o auxílio tenha valores mais altos. O problema é que o relatório da PEC Emergencial prevê um teto de R$ 44 bilhões para o pagamento do benefício.
Bolsonaro correu para entregar a MP ao Congresso não apenas para colher os louros políticos do movimento, mas também para amenizar a crise criada com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que foi às redes sociais para pedir que o Executivo “faça sua parte”, e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que no começo da semana havia endossado superlativamente a candidatura fracassada de Ludhmilla Hajjar ao comando do ministério da Saúde.
Nesta quinta, Pacheco cobrou planejamento e ação “o mais rápido possível”, afirmando que “a situação crítica do Brasil exige a coordenação do presidente da República, ações do ministério da Saúde e toda colaboração dos demais poderes, governantes, prefeitos e instituições”.
Pacheco revelou a próximos incômodo com a inércia do governo diante do aumento galopante do número de mortos de Covid-19 no país e do esgotamento da capacidade hospitalar dos estados.
Já Lira disse que é necessário correr para evitar “essa agonia” e o “vexame internacional”.
Como diria o carioca, demorô.