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Ministro do STF Edson Fachin não faz jus a famosa frase do Barão de Itararé e anula processos de Lula alegando incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba para julgá-lo; neste momento, ex-presidente volta a ser "ficha limpa"

Lula || Crédito: Reprodução/FB

A famosa frase do Barão de Itararé, “De onde menos se espera, é daí que não vem nada mesmo”, foi cabalmente desmentida hoje pelo ministro do STF Edson Fachin.

Juiz que acolhia sistematicamente os pleitos pró Lava Jato na Corte, ele hoje acolheu pedido de habeas corpus da defesa de Lula e decretou a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba para julgar diversos processos que envolviam o ex-presidente, como o do tríplex do Guarujá e o do sítio de Atibaia.

Neste momento, Lula está “ficha limpa” e recuperou a possibilidade de participar das próximas eleições.

No Twitter, a deputada Gleisi Hoffmann não saiu celebrando: “Estamos aguardando a análise juridica da decisão do ministro Fachin, que reconheceu com cinco anos de atraso que Sergio Moro nunca poderia ter julgado Lula.”

Já o senador Humberto Costa foi mais fofo e, à maneira dos memes de Mourão fazendo ginástica e se aquecendo para substituir Bolsonaro, postou vídeos de Lula malhando.

O deputado estadual paulista Mamãe Falei usou sua conta para convocar um panelaço para esta noite contra a decisão de Fachin.

Até 17h os perfis oficiais de Lula e o de Dilma Rousseff não haviam se manifestado sobre a decisão de Fachin.

Atualização das 18h.

Os advogados da defesa de Lula emitiram uma nota oficial em tom bastante austero que lembra o custo por tal decisão não ter sido efetivada há cinco anos, quando o STF não viu problemas em manter a 13ª Vara Federal de Curitiba como o juízo adequado para os julgamentos do ex-presidente.

“A decisão, portanto, está em sintonia com tudo o que sustentamos há mais de 5 anos na condução dos processos. Mas ela não tem o condão de reparar os danos irremediáveis causados pelo ex-juiz Sergio Moro e pelos procuradores da ‘lava jato’ ao ex-presidente Lula, ao Sistema de Justiça e ao Estado Democrático de Direito”, escreveram Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Zanin Martins.

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