Revista Poder

Na melhor quadra de Brasília, só Arthur Lira é adepto das aglomerações

Créditos: WikiCommons

O Lago Sul está para Brasília como o Jardim Europa para São Paulo ou os contrafortes da Floresta da Tijuca para o Rio. É ali que vive a elite política e empresarial da Capital Federal.

E no Lago Sul uma quadra específica, a QL 12, é o endereço mais-mais da capital. É na também chamada Península dos Ministros que estão localizadas as residências oficiais dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

Para se ter uma ideia do que e é viver na QL 12, essa é a única quadra do Lago com guarita na rua.

Parece pouco mas, como a cidade é tombada, implementar a melhoria foi tipo missão impossível.

Precisou do carimbo do Iphan, da Unesco e de um termo de cooperação do governo brasileiro, 10 anos depois que a cidade foi inaugurada.

O ex-senador Luiz Estevão, cassado da Casa por suas relações com a empresa que superfaturou a obra do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo, tem quatro lotes na Península, mas não mora lá. Mantém seus advogados e um portal de notícias funcionando em esquema home office.

O hoteleiro Ricardo Bittar foi um dos últimos a conseguir um lote para viver ali com a mulher, a decoradora Valéria Leão, que faz casamento de famosos como a blogueira Thassia Naves.

Embora seja afeiçoado a grandes festas, o casal tem restringido os encontros à família e pouquíssimos amigos. Dia desses, fizeram um cinema em casa que virou moda em Brasília.

O ex-presidente da República José Sarney está nessa lista de moradores ilustres. Com 90 anos de idade, ele sempre foi um grande “recebedor de autoridades”, mesmo depois de deixar a vida pública. Mas os hábitos mudaram e, com medo da Covid-19, Sarney não quer saber de gente em casa. Está sozinho com a mulher, dona Marly, altamente debilitada.

Até Rodrigo Pacheco (DEM-MG), novo presidente do Senado Federal, está evitando encontros em casa. O que não se pode dizer sobre Arthur Lira (PP-AL) e, muito menos, seu antecessor Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Apenas um hábito permanece como unanimidade entre os encastelados moradores da Península: todo mundo sai de casa para caminhar pelas ruas da QL 12 durante a manhã.

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