Revista Poder

Eduardo Leite

Governador do Rio Grande do Sul se coloca pela primeira vez como nome alternativo a João Doria no PSDB com vistas à candidatura presidencial de 2022

Eduardo Leite || Crédito: Rodger Timm/Palácio Piratini

O jovem governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, tornou-se uma liderança importante do PSDB por inércia. Afinal, o partido, que viveu sua década de glória em 1990 e seu pico de neurastenia no governo Temer, só fez três governadores em 2018: ele, Doria e o reeleito Reinaldo Azambuja (MS).

Antes prefeito de Pelotas, Leite vem fazendo uma gestão elogiada por suas medidas de austeridade num estado cujas contas públicas se tornaram exemplo proverbial de irresponsabilidade fiscal.

Quase um estado de Minas Gerais, dir-se-ia.

Bem, a inércia. Com a manifesta afoiteza de João Doria em querer controlar o partido e eliminar a  dissidência em torno de sua candidatura presidencial, Leite subiu de patamar.

Hoje ele recebeu em Porto Alegre nada menos do que 21 integrantes do partido, e aceitou o chamamento para ser um dos pré-candidatos do PSDB à presidência. No  grupo estavam deputados federais como Rodrigo Cunha  (AL) e Paulo Abi-Ackel (MG).

Leite já havia dado a senha numa entrevista ao jornal O Globo, em que disse que “diferentemente do governador Doria, eu não fiz campanha casada com Bolsonaro, não manifestei apoio ao candidato. Em nenhum momento misturei o meu sobrenome ao dele.”

A paulada seguiu com uma exibição do modus operandi do partido, que, segundo ele, “não faz oposição sistemática”, “obstrui”, “atravanca”. Refutou também que existam “aecistas” no PSDB.

Por fim, disse que a sigla não “deve ter medo de fazer prévias”.

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