Revista Poder

Onyx vai para secretaria Geral testar sua visibilidade eleitoral para 2022

Deputado gaúcho licenciado pelo DEM sai do ministério da Cidadania no primeiro movimento de uma reforma ministerial que o Planalto joga sem pressa com o Centrão

Onyx Lorenzoni || Crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

“Depois do carnaval” é a nova resposta padrão para qualquer pergunta em Brasília.

Às vésperas de definições importantes, como reforma ministerial, continuação do auxílio emergencial, plano de imunização e arranjos para as comissões importantes da Câmara e do Senado, o governo se escora nas festas de Momo para ganhar tempo e conhecer melhor sua munição.

Nesta segunda-feira (08), Jair Bolsonaro confirmou que vai mudar Onyx Lorenzoni, ministro da Cidadania, para o comando da Secretaria-Geral da Presidência da República, pasta com status de ministério e abrigada dentro do palácio do Planalto.

Definições sobre quem fica na vaga de Lorenzoni, só semana que vem.

O gaúcho Onyx foi ministro-chefe da Casa Civil no começo do governo. Mas sua dificuldade em dialogar com a base e as frequentes reclamações sobre seu temperamento fechado fizeram com que o deputado licenciado do DEM acabar na Cidadania.

O problema é o que ministro tem pretensões regionais: ele sonha com uma candidatura para governador do Rio Grande do Sul. Desde que foi para o front do governo e licenciou-se do mandato na Câmara dos Deputados, quer aproveitar a notoriedade para se cacifar no estado.

A amigos próximos, Onyx diz que adora o status e o poder de ser ministro. Mas sabe que, se continuar ocupando cargos que o fazem sumir da vista dos eleitores, babau.

Estaria à mesa, portanto, a possibilidade de retorno às raízes, na Câmara Federal.

Ou, então, a busca pelo protagonismo que a secretaria Geral perdeu há tempos.

Mas isso só depois do Carnaval.

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