Revista Poder

Rodrigo Maia solta os cachorros contra ACM Neto, toma revide e perde mansão à beira do lago

Ex-presidente da Câmara começa a se reacostumar com a planície, deixa mansão à beira do Paranoá e e em entrevista ataca "amigo de 20 anos" ACM Neto

Rodrigo Maia || Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ) passou o dia de hoje no noticiário.

Soltou a voz em entrevista publicada hoje no jornal Valor Econômico.

Disse ter sido traído por “um amigo de 20 anos”, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, presidente do DEM.

“Entregou na bandeja nossa cabeça ao Palácio [do Planalto].”

Para o deputado, Neto e alguns outros expoentes do partido, como o governador goiano, Ronaldo Caiado, estão levando o partido para perto demais de Bolsonaro – a pinguela para o futuro com Arthur Lira foi, pelo jeito, só o início.

ACM rebateu a entrevista, em comunicado oficial, dizendo que Maia se “encastelou no poder conquistado e agora demonstra surpreendente descontrole”.

“Torço muito para que o deputado Rodrigo Maia reencontre o equilíbrio e a serenidade. Rodrigo Maia foi um presidente da Câmara importante para o Brasil e dá pena vê-lo deixar, de forma tão lamentável, a posição de liderança que exerceu”, fechou Neto, com menos ironia do que genética.

De certa forma, o uso do verbo “encastelar” por Neto é bastante correto — não chega nem mesmo a ser uma metáfora.

É que embora tendo devolvido a confortável residência oficial dos presidentes da Câmara à beira do Lago Paranoá e se transferido para um apartamento funcional na 302 Norte, ele ainda mantém um suporte razoável bancado pela Câmara.

Não só ele, bem entendido. A Casa mantém, segundo levantamento feito por PODER Online, 432 apartamentos funcionais para os deputados. Eles se localizam entre as quadras 202 e 302 Norte e 111 e 311 Sul.

A mais chique, sem dúvida, por causa de recentes reformas, é a 302 Norte, onde moram Joice Hasselmann (PSL-SP) e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), além do senador Jorginho Mello (PL-SC), que ficou na unidade quando “pulou” da Câmara para o Senado, em 2019.

Especulações dão conta que Maia deixará o DEM. Cidadania e PSDB, neste caso com a simpatia de João Doria, parecem ser as opções mais prováveis, caso isso de fato aconteça.

 

 

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