A vitória veio mais rápida do que os analistas previam. Em primeiro turno, Arthur Lira (PP-AL) resolveu a parada e foi eleito o novo presidente da Câmara Federal.
Foram 302 votas contra menos da metade disso de seu principal oponente, Baleia Rossi (MDB-SP).
Expoente do Centrão, Lira contou com apoio bastante explícito do presidente Bolsonaro, que abriu as burras do Governo Federal, se é que elas ainda existem, para pagamentos de emendas de deputados que por ventura apoiassem Lira.
Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, uma planilha com pelo menos 285 nomes de deputados foi constituída no âmbito do ministério do Desenvolvimento Regional. Esses quase 300 contemplados teriam direito a partilhar uma verba de R$ 3 bi para ser usada em seus redutos eleitorais.
Dos 285 nomes, parte foi convencida a trocar a opção preferencial que tinham por Baleia por Lira.
No discurso da vitória, chamou atenção a analogia que Lira fez da arquitetura da Câmara e, pode-se dizer, da ergonomia da cadeira do presidente da Casa.
“É uma cadeira giratória, vira para o centro, para a direita e para esquerda”, disse, recebendo aplausos dos colegas.
Resta saber agora se Jair Bolsonaro se sentirá confortável para cobrar a dívida. A começar, talvez, pelo voto impresso e pelo excludente de ilicitude.