Revista Poder

Para parte do MDB no Senado, ter uma mulher candidata à presidência da Casa é um problema

Que o diga a senadora Simone Tebet, que perdeu a indicação oficial do partido para a sucessão de Davi Alcolumbre e agora concorre de maneira independente; senadora não se pronunciou

Simone Tebet || Crédito: Waldemir Barreto/Agência Senado

O lançamento da candidatura, agora independente, de Simone Tebet (MDB-MT) à presidência do Senado revela a falta de tato de um partido comandado por velhas (ou seriam velhacas?) figuras políticas.

Estava tudo certo para que a parlamentar, primeira presidente mulher da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, fosse a candidata oficial do MDB para a presidência da Casa na eleição que acontece na próxima segunda-feira.

Mas os caciques do partido pediram que ela desistisse na última hora. Constrangida mas disposta a pagar para ver, a senadora resistiu e vai concorrer de maneira independente.

O partido vem se entendendo com o atual presidente Davi Alcolumbre (DEM-AP) e com o candidato ungido por ele e por Jair Bolsonaro, o mineiro Rodrigo Pacheco (DEM), e, assim, seus senadores devem despejar os votos no demista, mesmo com uma candidatura “própria”.

Ocorre que há quem diga que o problema da candidatura do MDB à presidência do Senado é outro.

PODER ONLINE apurou que, em pleno 2021, diversidade é um ônus naquele que já foi o maior partido de oposição (e talvez de situação) do Brasil. Ter uma candidata a presidente, e não um candidato a presidente do Senado, é que é o busílis.

O site entrou em contato com o gabinete de Tebet, que não se pronunciou. Esta reportagem será atualizada caso isso aconteça.

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