Caso Baleia Rossi (MDB-SP) perca a eleição para a presidência da Câmara para Arthur Lira (PP-AL), Rodrigo Maia (DEM-RJ) pode sofrer sérios danos à sua carreira política.
Caso isso aconteça, o deputado carioca pode seguir dois caminhos, na visão dos observadores do Congresso: ou é acolhido como secretário do governador João Doria, em São Paulo, ou passa a liderar uma frente ostensiva de oposição ao presidente Bolsonaro na própria Câmara.
Ou, como tudo em Brasília, nenhuma das anteriores.
Desde a redemocratização, nenhum deputado ocupou a vaga de presidente da Casa por tanto tempo. O máximo, segundo o regimento interno e o entendimento do STF manifestado recentemente, são quatro anos (em duas legislaturas diferentes). A situação de Maia foi atípica, porque, como vice, ele pode substituir o cassado Eduardo Cunha.
Depois de tanto tempo à frente da Câmara, restará saber se depois de 1° de fevereiro Rodrigo Maia irá conseguir sobreviver à síndrome de abstinência.