Revista Poder

Paulo Guedes

Ministro cuja gestão vem sendo marcada pelo descolamento daquilo que fala com os dados da realidade reaparece para, acacianamente, celebrar vacinação e admitir novo auxílio emergencial

Paulo Guedes || Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A capacidade de dizer ou prometer coisas que jamais terão correspondência na realidade vem marcando estes pouco mais de dois anos do economista Paulo Guedes à frente do ministério da Economia.

O “Posto Ipiranga”, como assim a ele se referia Jair Bolsonaro quando precisava escapar de perguntas de ordem econômica, foi atropelado em 2019 pela dinâmica tumultuosa da relação do Executivo com o Congresso, relação que ele ignorava absolutamente, e, em 2020, pelos efeitos da crise da Covid-19, algo que ele até hoje ele não sabe bem do que se trata.

Ano passado chegou a desdenhar do auxílio emergencial e sugeriu um valor irrisório para essa ajuda quando notou que aquilo era efetivamente necessário inclusive para a integridade econômica do país. No segundo semestre, qual um disco riscado, não parou de falar de uma certa recuperação em “V”.

Depois de umas semanas longe do noticiário, Guedes reapareceu hoje para, à maneira do Conselheiro Acácio, defender a importância da vacinação em massa e admitir a criação de novo auxílio emergencial.

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