Revista Poder

Celso de Mello volta à cena, critica autonomia das PMs e pode advogar

Magistrado que se aposentou compulsoriamente do STF em outubro pode seguir caminho de Ayres Britto, que falava em "sombra e água fresca" mas abriu escritório de advocacia em Brasília

Celso de Mello || Crédito: Carlos Moura/Agência Brasil

É tratado como segredinho da República que o ministro aposentado do STF Celso de Mello foi convidado por escritórios de advocacia do eixo Rio-São Paulo para ingressar na iniciativa privada.

O antigo decano do Supremo sinalizou sua falta de interesse recusando até um almoço com importantes defensores da Lava-Jato, que queriam ir a Brasília especialmente para encontrá-lo.

Aos 75 anos, Celso de Mello quer sossego. Passou 30 anos (de 1989 a outubro de 2020) como ministro da Corte, um feito considerável. A aposentadoria que o retirou da Corte, aos 75 anos, foi compulsória.

Mas Mello pode mudar de ideia em relação ao futuro, assim como aconteceu com seu colega Ayres Britto, em 2012. Ayres deixou o STF falando em sombra e água fresca mas, após alguns meses, abriu um big escritório no DF.

Como Celso de Mello se aposentou compulsoriamente, não precisa cumprir a quarentena exigida a outros funcionários públicos.

Esta semana, o magistrado quebrou o silêncio para chamar de “retrocesso inaceitável” a ideia ventilada por lideranças bolsonaristas e congressistas linha-dura de retirar dos governadores o comando das PMs estaduais.

 

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