É tratado como segredinho da República que o ministro aposentado do STF Celso de Mello foi convidado por escritórios de advocacia do eixo Rio-São Paulo para ingressar na iniciativa privada.
O antigo decano do Supremo sinalizou sua falta de interesse recusando até um almoço com importantes defensores da Lava-Jato, que queriam ir a Brasília especialmente para encontrá-lo.
Aos 75 anos, Celso de Mello quer sossego. Passou 30 anos (de 1989 a outubro de 2020) como ministro da Corte, um feito considerável. A aposentadoria que o retirou da Corte, aos 75 anos, foi compulsória.
Mas Mello pode mudar de ideia em relação ao futuro, assim como aconteceu com seu colega Ayres Britto, em 2012. Ayres deixou o STF falando em sombra e água fresca mas, após alguns meses, abriu um big escritório no DF.
Como Celso de Mello se aposentou compulsoriamente, não precisa cumprir a quarentena exigida a outros funcionários públicos.
Esta semana, o magistrado quebrou o silêncio para chamar de “retrocesso inaceitável” a ideia ventilada por lideranças bolsonaristas e congressistas linha-dura de retirar dos governadores o comando das PMs estaduais.