Revista Poder

Paralisação dos caminhoneiros promete novos capítulos e cenas fortes

Parte da categoria quer parar em 1° de fevereiro, mesmo dia da eleição para as presidências do Congresso; ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, já negocia

Crédito: Tomaz Silva/Agência Brasil

Se fosse uma série de tevê, “A greve dos caminhoneiros”, que estreou no primeiro semestre de 2018, estaria às vésperas da segunda temporada. Motoristas autônomos e alguns sindicalizados querem parar de novo, trazendo ao país mais falta de combustível, mantimentos e paciência.

Como se a paralisação já não implicasse confusão o suficiente, a data escolhida é a pior possível: 1° de fevereiro, dia do encerramento do recesso legislativo e das eleições para compor a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

Pois bem. A pedido do Congresso, o presidente Jair Bolsonaro incumbiu seu ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, de tentar minimizar o caos. Ontem ele se reuniu com representantes de classe, que, por enquanto, parecem querer dialogar.

Do lado dos insatisfeitos estão os motoristas não sindicalizados, cerca de 600 mil segundo levantamentos da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA).

A entidade, que é contrária à paralisação, também calcula em 600 mil seus trabalhadores sindicalizados.

Além de prometer direitos, o governo também disse que vai impor sanções caso os caminhoneiros resolvam parar de vez. A multa para quem obstruir vias públicas é de R$ 6 mil.

Na agenda do ministro há outras duas reuniões nas próximas semanas para tratar do assunto. Nesta quarta (13), segundo fontes ouvidas por PODER Online, Tarcísio levou um dos representantes da CNTA para conversar com o presidente Bolsonaro.

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