O fiasco nas eleições municipais, quando a sigla não elegeu nenhum prefeito de capital, não diminuiu o topete dos petistas no Congresso Nacional.
Tratado como fiel da balança no fortalecimento e eventuais vitórias dos candidatos às presidências da Câmara e do Senado, o partido “ainda é grande”, conforme disse a presidente nacional da legenda, deputada Gleisi Hoffmann (PR), a aliados.
Nesta terça (12), Gleisi conversou com assessores próximos e colegas parlamentares, reafirmando o tamanho do partido no Congresso. “Isso faz parte do nosso processo de reconstrução”, teria apontado a deputada.
O PT, que teimava em tomar uma decisão e se mantinha em cima do muro, uma posição em que via sempre o PSDB, colocou-se ao lado de Baleia Rossi (MDB-SP) na disputa pela presidência da Câmara, ainda que a contragosto.
Muitos companheiros, porém, queriam cacifar Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), outro nome do colete de Rodrigo Maia, mas que não conseguiu viabilizar a candidatura.
No Senado, o embarque do PT na chapa de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) surpreendeu até os mais experientes observadores do Congresso. Pacheco também é o candidato endossado pelo presidente Jair Bolsonaro.
Mas por que o PT importa tanto? “Tem a segunda maior legenda da Câmara e seis representantes no Senado. Mas, além disso, ainda é visto como uma base de suporte aos partidos de esquerda. Tem estrutura e dinheiro para reagir a ataques”, explica o cientista político Filipo Madeira, da Universidade Estadual de Goiás (UEG).
O PT tem 52 deputados federais, um a menos que o PSL, o maior partido da Casa, que, contudo, está completamente rachado; no Senado, a força da sigla é menor, já que a bancada tem menos senadores do que partidos como PSD, PMDB, PODE, PP e PSDB.