A secretaria de Concorrência do ministério da Economia tem estudado prós e contras à respeito da chinesa Huawei, player global na implantação de redes de transmissão de dados e candidata a fornecer a tecnologia 5G para o Brasil.
A empresa vem sendo atacada por líderes mundiais, como Donald Trump e Boris Johnson, que alegam risco à segurança e à privacidade de informações sensíveis.
Mesmo com a neuropatia reinante no primeiro escalão brasileiro e os contínuos ataques à China, maior parceiro comercial do Brasil, dali desferidos, o ministério da Economia pretende fazer testes e deverá buscar mais informações em pesquisas durante os próximos meses.
Esse pente fino poderá definir a viabilidade do serviço. E o maior argumento em favor de uma definição rápida é pouco conhecido. É que com o 5G seria possível fazer cirurgias de maneira remota.
A primeira vez que isso aconteceu no mundo faz pouquíssimo tempo. Foi em 2019, na China. A Huawei forneceu a tecnologia e aumentou seu cacife no mercado global.
No Brasil, a expectativa é aproximar estados como Amazonas, Acre e Maranhão dos grandes polos de saúde pública, como São Paulo e Brasília.
A decisão está na órbita do ministério das Comunicações, mas seu titular, Fábio Faria (PSD-RN), vem dizendo que a decisão caberá inteiramente a Jair Bolsonaro.
A Huawei leva uma vantagem competitiva que seria levada em consideração em países administrados segundo padrões mínimos de normalidade: ela já detém a estrutura de 4G do Brasil, o que barateaia seus custos.