Em março deste ano, a reação ao famoso pronunciamento em cadeia nacional em que Jair Bolsonaro minimizou a Covid-19 chamando-a de “gripezinha” teve bater de panelas por todo o Brasil e críticas pesadas de muitos governadores.
Ronaldo Caiado, de Goiás, foi um que não economizou: “Dizer que isso é um resfriadinho, uma gripezinha? Ninguém definiu melhor que Obama: na política e na vida, a ignorância não é uma virtude.”
Mas aquilo foi exceção, não regra. Em agosto, já estava de boas com o Planalto. No Twitter, elogiou o presidente, chamando-o de “simples, corajoso e determinado” e dizendo que ninguém, “desde Juscelino Kubitscheck”, havia investido tanto em Goiás.
Nesta sexta (11), o homem atingiu o que deve ser o ponto máximo de sua fidelidade bolsonarista. Depois de um encontro com o ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello, Caiado disse que “nenhum estado vai fazer politicagem e escolher quem vai viver ou morrer de Covid”.
O tuíte é um claro recado a João Doria, que anunciou esta semana que começará a vacinar os paulistas em janeiro – declaração que desencadeou recuos e desmentidos nas manifestações de Pazuello, que inicialmente prometia a campanha de vacinação nacional contra a Covid-19 para março.