Revista Poder

Mortes por covid-19 nas penitenciárias preocupam especialistas

Para Ludmila Ribeiro, do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública da UFMG, há indícios de subnotificação de casos, e medidas como a suspensão de visitas não vêm surtindo efeito

Penitenciária federal de segurança máxima de Brasília || Créditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por Bernardo Bittar, de Brasília

A Covid-19 vem assombrando os presídios brasileiros, que sofrem com a falta de políticas públicas de combate à doença entre a população carcerária. Estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) aponta que, desde a chegada da pandemia, houve cerca de 10 824 mortes no sistema carcerário atribuídas ao mal.

Os três principais motivos para a proliferação do vírus nas cadeias são a superlotação, a entrada constante de detentos provisórios e as péssimas condições de higiene, proporcionando o ambiente ideal para o avanço da enfermidade.

Como se não bastasse, a professora Ludmila Ribeiro, do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública da UFMG, diz ainda que há “indícios de subnotificação de casos envolvendo mortes pela covid-19 no cárcere”.

Ouvida por PODER Online, a especialista diz que “a suspensão de serviços, como os jurídicos, e a suspensão de visitas de parentes, não vem surtindo os efeitos necessários”.

 

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