Por Bernardo Bittar, de Brasília
As promessas do ministro da Economia, Paulo Guedes, de acelerar as reformas e as privatizações depois de encerrado o processo eleitoral não são compartilhadas pelos congressistas.
Na Câmara dos Deputados e no Senado não há consenso sequer sobre se a reforma tributária deve ser votada antes da reforma administrativa, como quer o governo.
Sobre os textos dos projetos, então, nem se fala. Diante do atraso do governo, projetos feitos pelos parlamentares têm tido mais aceitação entre seus pares.
Quanto às privatizações, muitos consideram que é preciso esperar mais um pouco para vender as estatais, como a Eletrobras. Com a pandemia, a possibilidade de arrecadação foi lá pra baixo.
Um dos mais envolvidos no tema é o deputado André Figueiredo (PDT-CE), líder do bloco de oposição na Câmara, que defende o protagonismo do Legislativo na privatização de empresas públicas.
“O assunto precisa ser revisto, mas, para isso, é necessário ter calma. Apresentei muitos projetos envolvendo o tema”, disse a PODER Online.
Para Figueiredo, “embora seja necessário fazer a arrecadação”, o momento não é agora.