Por Bernardo Bittar, de Brasília
Aliados do palácio do Planalto calculam que, se o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não puder disputar a recondução do cargo, vai ter de levar mais a sério a ideia de virar ministro do governo Bolsonaro.
Seria a solução para o deputado não se apequenar até o fim de 2022.
Maia quer o Ministério do Planejamento, dizem assessores, abrindo espaço para que a colega de partido, a deputada licenciada Tereza Cristina (DEM-MT), hoje ministra da Agricultura, volte para a Câmara para disputar a presidência, derrubando concorrentes do PP e do MDB.
Cada um desses partidos tem dois postulantes viáveis na briga pelo cargo: Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e Arthur Lira (PP-AL); Baleia Rossi (MDB-SP) e Fábio Ramalho (MDB-MG).
Se Maia conseguir o ministério e tiver habilidade para levar o MDB e o PP para bons cargos no Executivo, sobram chances para Tereza assumir a chefia da Câmara.
Com todo mundo bem acomodado, segue-se fazendo política em Brasília.