Revista Poder

Marcos Maluf, da Necton: “A compra pela BTG é uma excelente notícia para os nossos clientes”

CEO da corretora diz que “valores e propósito” vão ser preservados sob o banco de André Esteves

Marcos Maluf || Créditos: Reprodução

Por Paulo Vieira

Aos 34 anos e dois filhos pequenos, Marcos Maluf não quer nem ouvir falar de férias. Após seis meses de negociação, o CEO acaba de celebrar a venda da corretora de que é sócio, a Necton, para o banco BTG Pactual, de André Esteves, por R$ 348 milhões.

“Trabalhar é o que mais gosto, e eu estou super entusiasmado com esse momento”, disse em entrevista exclusiva a PODER Online.

“É a realização de um sonho ter o BTG, maior banco investimentos da América Latina, como sponsor e controlador. É também uma ótima notícia para nossos clientes.”

“Nossa corretora tem um valor singular, temos quase 50% de mulheres em nosso quadro de colaboradores, por exemplo. E esse propósito, nossas cores azul, branco e rosa, que mostra muito como pensamos o mercado, serão preservados.”

A Necton vem se destacando no mercado, seja pela aquisição recente de outras duas corretoras, seja pelo bom espaço na mídia, mesmo a não especializada, conquistado pelo economista-chefe, André Perfeito.

O foco nas contas de pessoas físicas da Necton interessa à BTG, que, como outras empresas do setor financeiro, vem atuando agressivamente na tentativa de trazer para o “sistema” um público mais jovem, que viu a necessidade de diversificar e contar com assessoria técnica na hora de lidar com investimentos nesse momento de juros baixos e de desvalorização da renda fixa.

Maluf acredita que, além da injeção de capital que a Necton irá receber, o conhecimento de figuras como Esteves, “maior ícone do mercado financeiro do Brasil”, significará um ganho considerável.

A Necton conta com cerca de 40 mil clientes e mais de R$ 16 bilhões em ativos sob custódia e está no mercado há dois anos, quando fundiram-se as corretoras Spinelli e a Concórdia, a última de Luiz Fernando Furlan, ex-ministro do Desenvolvimento do governo Lula e da família que era dona da antiga Sadia. O nome Concórdia tributa a cidade no oeste de Santa Catarina em que o frigorífico se estabeleceu.

 

 

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