São grandes as chances do chinês Ma Huateng (também conhecido como Pony Ma) termine o ano com seu nome na lista dos 10 homens mais ricos do mundo. Cofundador e maior acionista da gigante Tencent, uma multinacional de tecnologia e comunicação, Huateng, de 48 anos, viu sua fortuna saltar dos US$ 38,1 bilhões (R$ 212,3 bilhões) que tinha em abril, logo no começo da pandemia, para os atuais US$ 63,3 bilhões (R$ 352,7 bilhões) que o tornam o 18ª maior bilionário do planeta no momento. A diferença entre um valor e outro tem a ver com a disparada da ação da Tencent na bolsa de valores de Hong Kong, onde seus papéis são negociados.
É que a empresa é uma espécie de Facebook chinês, com seu próprio aplicativo de mensagens e tudo (o WeChat, que conta com mais de um bilhão de usuários), e assim como o gigante comandado por Mark Zuckerberg tem feito a alegria dos investidores nesses tempos de quarentena em que as pessoas passam mais tempo em casa e usando a internet. A propósito, Huateng tentou comprar o WhatsApp em 2014, mas acabou perdendo essa disputa para o Face.
Entre abril e setembro, o patrimônio de Huateng cresceu a uma média de 13% mensais. Se continuar nesse ritmo, ele poderá entrar no Top 10 dos mais ricos do mundo até o fim de dezembro, possivelmente tirando de Mukesh Ambani o sexto lugar atualmente ocupado pelo bilionário indiano (Zuck, com seus US$ 100,9 bilhões/R$ 562,2 bilhões, é o número 4). E já há quem acredite que até mesmo o reinado de Jeff Bezos como o mais rico de todos pode estar ameaçado pela boa fase do chinês, mas nesse caso só a partir de 2021. (Por Anderson Antunes)