As queimadas no Pantanal estão preocupando a maioria da população e das autoridades. Os incêndios que acontecem desde meados de julho deixam um rastro de destruição em uma área maior do que a cidade de Nova York e ameaçando um dos ecossistemas com maior biodiversidade do mundo – a região abriga cerca de 1.200 espécies de animais vertebrados, incluindo 36 ameaçados de extinção, além de pássaros raros e a mais densa população de onças-pintadas do mundo. No entanto, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, continua firme no cargo. Pela lógica da política tradicional, ele sairia do posto. Mas isso não deverá acontecer pelo fato de ele ser um ministro da cota pessoal do presidente Jair Bolsonaro, que pensa exatamente como ele. Porém, se a decisão dependesse do vice-presidente Hamilton Mourão e da frente militar ambientalista, ele já teria caído há muito tempo. Um recorde de 23.490 quilômetros quadrados foi queimado até 6 de setembro — quase 16% do Pantanal brasileiro, de acordo com uma análise da Universidade Federal do Rio de Janeiro. (Giorgia Cavicchioli)
Mesmo com queimadas, Salles se mantém no posto com apoio de Bolsonaro; Mourão é contra a permanência do ministro na pasta